Estou sentado curtindo o grande vazio verborrágico
de um início de domingo que parece ontem
e parecerá também com amanhã
Estou sentado
e começo a sentir uma grande nuvem de fumaça
ardendo no bico dos olhos
Minha pátria, cara de colchão velho!
Serão minhas fronteiras somente minhas?
Alhures ficarei totalmente nu?
Começa a desembestar a areia pelo asfalto
Continuo pleno de todos os timbres e cores!
Ao lado duas mesas vazias
e os carros passam entre os intervalos
de meus espasmos mentais
Deixe de ter rodas e engrenagens
e “bips” elétricos e o vento deslizando entre
labirintos e óleos
Estou sentado
perambulando pelo grande vazio
de mim mesmo.
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