quinta-feira, 5 de agosto de 2010

À ÁLVARO DE CAMPOS

Em certo ponto de sua “Saudação a Walt Whitman”
já não leio
Mas entro em estado de febril iluminação
salto pelo céu a dentro arremessando pedras na superfície das nuvens
como a encarar o rosto de Deus
Fico agora a pensar se poderei, eu também, com meus poemas,
provocar essa mesma reação e de ímpeto arrancar uma alma da mácula do mundo
Mas creio que não possuo todo o teu natural fulgor...