Eu que me vejo
Eu que me toco
Eu, sempre eu,
mas menos eu do que os outros são os outros
Louco, no interior de uma garrafa perambulando à beira-mar
A juventude plenamente santa
A eternidade divinamente intacta
e cheia de constância
Eu, um par de décadas de vida
Lenço de suor em tempestade de areia
Uma elegia entre altares e traves
de pura e negra maquinaria
Quando tudo é como estar no universo de uma praça de pombos
é como beijar o interior de meu próprio corpo
enquanto admiro toda a nudez nos espelhos.
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