sexta-feira, 30 de julho de 2010

ONTEM À NOITE
enquanto olhava firme a penumbra do quarto
caiu-me um breve temor sobre a alma
Serei aquele que não encontra um leito onde prostrar os ossos?
O bêbado que, alucinado, adormece sobre os trilhos?
Serei o velho que cai, dorido, e não colhe suas amoras
e não desenterra suas batatas e não faz chorar as ervas do campo?
Pensei pensei e pensei!
Mas então recordei-me do rio que em nada teme desaguar no mar...
Sou nu como um lobo e tenho o conforto da Nova Visão das eras
Nada preciso do que a Mãe, no seu ventre, não possa parir!
Saberei florir como a tarde!

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